Dois dias depois do surpreendente corte do juro básico pelo Banco Central, o IBGE mostrou que a economia brasileira desacelerou no segundo trimestre deste ano, para 0,8 por cento na comparação com os primeiros três meses do ano, quando a expansão havia sido de 1,2 por cento.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística também informou nesta sexta-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) entre abril e junho cresceu 3,1 por cento em relação a igual período de 2010.
Foi o pior resultado na coparação anual desde o terceiro trimestre de 2009, quando houve retração de 1,8 por cento. E, segundo o IBGE, foi o mais baixo entre os países do chamado Bric --formado além de Brasil por Rússia (crescimento de 3,4 por cento), Índia (7,7 por cento) e China (9,5 por cento).
Ainda que os números tenham vindo em linha com o esperado pelo mercado --na mediana das expectativas de expansão de 0,8 por cento na comparação trimestral e de 3,2 por cento na anual--, a expectativa agora não é otimista.
"Para os próximos meses, nossa previsão é de continuidade de um menor dinamismo, não vemos espaço para recuperar com esse cenário de câmbio (valorizado)", afirmou o economista da Tendências Rafael Bacciotti.
A questão do câmbio foi ressaltada pela própria economista do IBGE que comentou o resultado do PIB, Rebeca Palis, que disse que na média do segundo trimestre o dólar ficou em 1,60 real contra 1,79 real no primeiro segundo de 2010.
DESACELERAÇÃO GENERALIZADA


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