
Cientista que criou técnica de reprodução ‘in vitro’ é premiado
Estocolmo (Suécia) - O homem que revolucionou a Medicina e abriu novas fronteiras na reprodução humana ao criar a técnica do bebê de proveta (fertilização in vitro) foi escolhido para receber o Prêmio Nobel de Medicina 2010. O anúncio do cientista britânico Robert G. Edwards, 85 anos, foi feito pelo comitê Nobel do Instituto Karolinska, ontem, em Estocolmo, na Suécia.
O premio recebeu críticas do presidente da organização do Vaticano responsável por assuntos de Biomedicina. “Sem Edwards não existiriam congeladores em todo o mundo cheios de embriões que, no melhor dos casos, vão ser trasladados para úteros, mas que provavelmente serão abandonados ou morrerão”, acusou o monsenhor Ignacio Carrasco de Paula, que ainda responsabilizou o britânico pelo “mercado mundial de óvulos”.
MAL QUE AFETA MUITOS
Segundo o júri do Prêmio Nobel, porém, as descobertas “tornaram possível o tratamento da esterilidade, mal que afeta larga proporção da humanidade e mais de 10% dos casais do mundo”. Para a academia sueca, o britânico não apenas descobriu um método final de alcançar a reprodução fora do corpo, mas desenvolveu meios que permitiram alcançar seus objetivos.
“Seus esforços foram finalmente coroados pelo sucesso, em 25 de julho de 1978, quando o primeiro ‘bebê de proveta’ do mundo nasceu”, diz comunicado do instituto, referindo-se a Louise Joy Brown, hoje com 32 anos. “Eu e minha mãe estamos encantadas por ver um dos pioneiros da fecundação in vitro recebendo o reconhecimento que merece”, disse Louise.
Desde o nascimento dela, cerca de um milhão de indivíduos nasceram a partir da técnica. “É, atualmente, um procedimento de rotina”, observou Martin Johnson, professor de ciência reprodutiva da Universidade de Cambridge.
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