sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Só para lembrar a memória curta dos eleitores!!!



O número bebês mortos na Santa Casa de Misericórdia de Belém (PA) chega a 63 em 38 dias.
Publicado na FOLHA DE SÃO PAULO em 07 de julho de 2008

"Até 03 de julho de 2008 eram 24 bebês mortos, em dez dias, na maior maternidade do Pará. Até 05 de julho jã são 32 bebês mortos. Quando começamos a bisbilhotar a atual história da Saúde Pública no Pará, decobrimos alguns fatos aterradores: 30% dos leitos estão ociosos nos principais hospitais e Casas de Sáude do Estado e os gestores da Saúde reduziram em 35 % o número de procedimentos médicos na rede hospitalar. Resumindo, cortaram gastos nas Casas de Saúde e Hospitais, para colocar o dinheiro público em lugares mais atrativos. E sabem quem toma conta da Saúde Pública no Pará ? O PMDB ! Por força desses acordos politicos que fazem o loteamento do serviço público em troca de apoio incondicional, a governadora Ana julia Carepa, PT, entregou a gestão da Saúde Pública ao PMDB. Coincidência ou não, as mortes dos bebês aumentaram em progressão geométrica. A maioria das familias não comparece aos enterros porque não possuem dinheiro para a condução, nem para as despesas geradas com a morte dos seus filhos. Os que comparecem são obrigados a pagar R$ 12,50 para colocar os pequenos corpos nas covas rasas da área destinadas aos bebês mortos. O Estado não lhes concedeu nenhum tipo de garantia para viver. Morreram deitados num berço público, sem esplendor, nem assistência médica, inocentes, sem raiva, nem rancor. Não tiveram tempo de sentir o carinho da família. Nenhuma das mães trabalhava em alguma promotoria pública. Nenhum dos pais era político em Brasília. Gente humilde. São todos bebês mortos a sangue frio, sem chance de defesa. Não devem ter chorado. Alguns de nós iremos chorar por eles. Enquanto isto, a secretária de Saúde, Laura Rossetti, avisa a todos que as mortes estão dentro do aceitável. É inacreditável que servidores públicos tenham a desfaçatez de fazer declarações tão absurdas e desumanas como estas."

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